sábado, 27 de agosto de 2011

Sutil diferença

"Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

William Shakespeare
                                                           

domingo, 21 de agosto de 2011

Vou sendo e tendo o que a vida deixa

Sonhos nunca são bobagens. Por mais bobos que possam parecer, eles têm um valor para aquela pessoa que sonha. E é assim comigo também, evidentemente. Cresci com a ideia fixa de "correr atrás do que quero"... mas, como? Com as moedinhas do meu cofrinho?
Minha mãe vive dizendo que tenho que compreender as coisas, que nós só fazemos o que podemos, mas isso eu entendo, sim. O que eu não quero é ficar sentada esperando Deus sabe o quê. Não quero me conformar. Na realidade, nunca me conformei.
Acho muito injusto não pode ter o que eu (acho que) mereço. Sei que tenho que agradecer por tudo que tenho, que meus problemas são banais em comparação aos de muitas outras pessoas, eu sei. É claro que eu sei, lembram-me a todo momento. Só que, o que não acho certo é ter tanta gente por aí desperdiçando oportunidades que outras pessoas, tipo eu, nunca conseguiram ter. Mas quem sou eu para querer mudar o mundo e a ordem das coisas? Por enquanto, em contradição ao nome do blog, vou sendo o que me deixam ser...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Adolescência: tudo ou nada?


Adolescência... é a época em que você faz mais besteira na vida, para não dizer outra coisa. Em que se descobre, em que decide se vai ser isso ou aquilo - ou os dois. É a época da vida em que você começa a entender esse mundo, ou melhor, é quando você começa a não entender o mundo. Milhares de perguntas pairam por sua mente, todas sem resposta. Como conseguimos sobreviver em meio a tanto caos?

Seus responsáveis, que sempre falaram por você, agora ficam para trás e você, como um adolescente, tem que agir sozinho. Você tem que começar a tomar suas próprias decisões sozinho, e pagar caro, sozinho também, quando alguma coisa dá errada. Sua personalidade, a partir de agora, será traçada por você. Qual impressão quer causar nas pessoas? Talvez só ela fique.

Ser adolescente não é fácil. Nesse período de tempo, somos obrigados a amadurecer, de um jeito ou de outro; não somos mais crianças, mas também ainda não somos adultos. Somos um meio-termo bem louco. Um meio-termo que ainda não sabe o que quer da vida; que sempre acha que está com a certeza; que tem explosões e atitudes totalmente ambíguas. Bipolaridade, todo mundo conhece.

É evidente que várias pessoas não encontram o caminho certo e acabam se perdendo e não se achando mais. O que escolher? Aqui ou lá? Quente ou frio? Branco ou preto? Vodka ou suco de laranja? Não sabemos de nada, mas agimos como se soubéssemos de tudo.

domingo, 14 de agosto de 2011

"[...] o amor é cruel."


Bonita, jovem, no começo da vida. Tinha tudo para ser bem sucedida; inteligente, perspicaz. Mas ela se perdeu. E quando acontece isso, é difícil se achar novamente.
A causa? Nem precisa pensar duas vezes, o amor. Tentamos dissuadi-la: várias mulheres se apaixonam por homens casados; não é o fim do mundo; vai aparecer outra pessoa; você vai conseguir superar. Pensa que ajudou? Que nada. Ela era frágil, sempre foi. Sabíamos que isso, que ela chamava de amor, não ia dar em nada; porém ninguém queria discussão, os seus nervos já estavam aflorando cada vez mais, qualquer bate-boca e sabe-se lá no que ia dá. Numa noite de domingo, veio o clímax de tudo: vestido vermelho combinando com seu batom, sapato alto e preto, uma maquiagem deslumbrante e ual, lá estava ela, esperando por ele. Quando ele chegou, ela abriu um sorriso de um canto ao outro da boca, mas esse sorriso logo transformou-se num pranto inconsolável. Ele estava terminando tudo - como se eles tivessem alguma coisa, mas pois é, meu dever é só relatar os fatos. Foi embora sem olhar para trás e a deixou, só ela e a suas lágrimas. Aquela deve ter sido uma noite dura. Meu Deus, quantas coisas não passaram por aquela cabecinha? Quantas tentativas de suicídio? Quantas opções de voltar atrás e recomeçar? Quantos meios de matá-lo?
Hoje, ela ainda anda meio perdida, mas está se achando aos poucos. Agora sai toda tarde para andar sozinha e pensar na vida. Às vezes achamos que ela nem voltará mais, mas ela sempre acaba voltando. Perdeu o gosto por tudo que gostava antes. Acho uma besteira se deteriorar assim por alguém. Só ela deve entender o que sente e o que tudo aquilo a causou, e eu respeito. Mas uma coisa eu aprendi, o amor é cruel.
O amor é tão cruel que chega lindo e perfeito, acariciando-nos o rosto com a ponta dos dedos, e quando nos acostumamos com seu toque, ele nos faz fechar os olhos e parar de enxergar tudo que é relevante. E daí ele se vai. E quando abrimos os olhos novamente, percebemos o quão idiota fomos por um dia temos os fechado.

sábado, 13 de agosto de 2011

14/08 - Dia dos Pais.



Feliz dia dos pais para o seu e para o meu papai. Porque eles merecem!