sábado, 24 de novembro de 2012

As 7 coisas que quero fazer antes de morrer, mas que provavelmente não farei





1. Aprender francês
Não existe língua que eu ache mais bonita que o francês. É muito culta e requintada. Depois, me lembra Paris, que é a cidade mais charmosa do mundo na minha opinião. Se você fala francês, pronto: já sou sua fã. Não sei falar nenhuma palavra sequer, e tenho a maior vontade de aprender. Mas aprender uma nova língua é muito difícil, eu sei disso porque venho tentando aprender inglês faz um tempo e estou ainda longe da fluência. Além do mais, vou ter que gastar com livros e muito possivelmente com cursos, porque já tentei ser autodidata, mas comigo não dá! Então, como não é uma necessidade, já que com o inglês eu me viro em qualquer lugar do mundo, provavelmente eu fique sem saber falar. Ser bilíngue já está de bom tamanho, mesmo o francês sendo lindo de morrer...



2. Ter minha biblioteca
Aqui em casa tem um quarto sobrando e eu quero muito dar uma reformada geral nele. Comprar umas estantes, pôr um papel de parede bem fofo, forrar, comprar um ar-condicionado, colocar uma cortina preta na janela, um tapete para o quarto inteiro e umas mesas com cadeiras. Ela já tem até nome: Pequenos Prazeres. Mas para isso eu preciso começar a trabalhar e juntar bastante dinheiro, porque para minha mãe eu preciso de coisas mais importantes que uma biblioteca. Pode até ser que sim, mas de qualquer maneira eu sonho com uma. Daqui que eu me forme e ganhe meu próprio salário, acho que esse desejo já vai ter passado (junto com o tempo de sobra que tenho para ler), então é possível que eu nunca tenha uma biblioteca para chamar de minha.


3. Ficar bêbada
Não é um desejo do qual eu me orgulhe muito. Entretanto, pelo menos uma vez na vida, queria sentir a sensação de não saber quem sou nem onde moro. Esquecer que eu tenho uma vida e responsabilidades. Queria sentir a sensação de não me lembrar do que fiz - mesmo sabendo que não é uma das mais gostosas. Só que, como dizem, eu sou certinha demais. E é verdade. Minha consciência não me deixaria fazer tal coisa. E, além do mais, vai que vira vício? Eu ainda amo meu fígado.


4. Ganhar um Nobel
Ganhar um Nobel é uma coisa que quero há muito tempo - seja ele de Medicina ou de Literatura. É pedir demais e sonhar muito alto, então está bem óbvio o motivo pelo qual esse tópico entrou para minha lista. Acho que a emoção de ganhá-lo deve ser comparada somente a de ser mãe.


5. Chegar ao século XXII
Se eu consegui essa proeza, já vou ter passado dos 100. Não sei porque eu tenho esse desejo, talvez só para dizer que eu nasci no XX, vivi a maior parte da vida no XXI e morri no XXII, ou seja, presenciei 3 séculos diferentes! Acredito não ser impossível, a medicina até lá já deve ter evoluído bastante. Quem sabe não encontrem o segredo para vida eterna? Mesmo achando que ele não existe e que é um tolo quem desperdiça seu tempo o procurando, se, por ventura, encontrarem, sou eu uma das primeiras pessoas a ingerir, usar ou sei lá, devido ao meu eterno medo da morte. Já devo ter falando dele alguma vez por aqui. Não há coisa que mais me assuste que a morte. Mas, no fundo, acredito que isso só seja consequência da adolescência e que um dia passará.


6. Gravar uma música
Eu canto horrivelmente mal e tenho plena consciência disso. Porém, acho que em alguma vida passada fui cantora. Só isso pode explicar o quanto eu gosto de cantar. Eu canto fazendo qualquer coisa, a qualquer hora. Se eu fosse, pelo menos, um tantinho afinada, talvez arriscasse na carreira, mesmo sabendo que se tornar uma cantora famosa nesse mundo cheio de talento é quase impossível. Quando, nos meus shows, eu visse aquela multidão cantando algo que compus, acho que não ia aguentar e começaria a chorar. Mas se bem que gravar uma música nem é lá grande coisa, hoje qualquer um mais ou menos grava, só ter dinheiro. E com todos as artimanhas que se têm, é possível até que fizesse minha voz parecer boa. Mas não, devem cobrar muito caro e não vou gastar meu dinheiro só por capricho.


7. Conhecer meus antepassados
Só o título me emociona. Conversei com meu professor de história sobre, e acredito ser uma tarefa bastante difícil. Seria fácil até a parte de ir a cartórios daqui mesmo, mas quando a coisa ultrapassasse os limites nacionais, o que certamente ocorreria, a coisa ficaria mais complicada e custosa. Eu tenho a maior vontade de descobrir de quem eu sou descendente. Alguém famoso, que tem seu nome nos livros de história? Foi servo, senhor? Plebeu, nobre, burguês? Rei, escravo? Queria conhecer o nome, a história das pessoas. Na verdade, toda a minha linhagem. Eu tive uma professora de história que uma vez me disse que eu devo ser descendentes de vikings, por causa do cabelo. Isso me mata de curiosidade! Talvez um dia eu ainda arrume dinheiro, vontade e tempo suficientes e saia nessa louca aventura de descobrir como viveram meus antepassados. Não se preocupem: se conseguir, escrevo um livro. Sendo baseados em fatos reais, daria um bom best-seller e, quem sabe, adaptações para o cinema. É uma ideia a se pensar.

domingo, 18 de novembro de 2012

Minha primeira - e talvez última - biografia

Eu acho uma beleza ler biografias de pessoas que de algum modo subiram na vida. Ler, ok? Não escrever.
Mas aí o professor me pede para escrever uma autobiografia. Eu teria me saído melhor escrevendo sobre qualquer um, menos sobre mim mesma. Porque eu estou aqui, do lado de cá. Eu não me vejo. Não me escuto. Não me julgo. Se não me alertarem, posso até não perceber que fiz coisa errada.
Além do mais, o que eu tenho para escrever sobre mim? Eu mal comecei a viver, não faço nada de interessante e, acreditem, sou muito chata. 
Então, fiquei me matando de pensar, perguntando a minha mãe o que eu tinha feito com tal idade e olhando fotos. Descobri que não foram quinze anos totalmente perdidos (quer dizer, 16 daqui a dois dias).
ok, estou ficando velha, mas parabéns para mim
Lembrei que aos três anos a escola era a minha pior inimiga (sim, eu lembro vagamente). Chorei horrores durante os primeiros dias, mas depois eu queria ir para lá até nos fins de semana. Mais velha que isso um pouco, eu costumava fingir que lápis eram pessoas. A brincadeira tinha toda uma lógica inventada por mim, coisa de filha única que não tem com quem brincar (na verdade, tenho irmãos, mas sempre morei sozinha com a minha mãe). Eu juntava várias caixas de coleções e agrupava os lápis de mesmas cores em "famílias". Aí saía apontando uns para eles ficarem menores e serem os filhinhos. A bolsinha de lápis era o carro escolar que levava as criancinhas para a escola. Sem contar que existiam namoricos. Geralmente, as coleções azuis namoravam com as rosas e as verdes com as laranjas. Enfim, vocês podem acreditar ou não, mas eu chegava a passar tardes inteiras entretida com os benditos lápis. 
Eu amava mais que tudo ver minhas primas para brincar de escolinha. Era o máximo para mim elaborar e corrigir provas, mas a brincadeira nunca durava muito porque eu a levava muito a sério. Como eu era mais velha um pouco, tinha uns conhecimentos a mais e fazia provas "difíceis". Queria porque queria que as meninas estudassem de verdade e aí a brincadeira acabava. Por isso que acho que não tenho jeito para ser professora. Eu iria ser muito má, seria odiada por todos os alunos. 
Minha formatura, aos 7 anos, foi cômica. A gente tinha ensaiado coreografias de várias músicas e a saia que eu estava por baixo do vestido era folgada demais para mim, então eu ficava a subindo toda a hora. Subia mais a saia do que dançava! Mas foi muito lindo, mesmo naquela idade, ver minha família na plateia. Mesmo que eles não tenham ficado até o fim, fiquei em êxtase por saber que tinham ido só me ver.
Eu fazia umas poses engraçadas ao bater fotos, tem uma em que eu pareço estar com o pescoço quebrado de tanto que eu o inclinei para o lado. 
E o que falar sobre a primeira vez em que me mudei? Quer dizer, segunda. Na primeira vez, era um bebê. Fiquei lendo histórias em quadrinho a tarde inteira enquanto minha mãe com minhas tias empacotavam as coisas. Quase morri naquele dia e chorei demais ao me "despedir" da casa. Fui em cada cômodo para dar um tchau. Sinto muita falta de lá! Quando me mudei tinha uns 8 anos, nunca brinquei com os meus lápis na casa nova, que é, inclusive, a que resido até hoje. 
Eu aprendi muitas coisas nesses quinze anos. Digo, todo mundo aprende, mas o meu caso penso ser um pouco diferente. Eu realmente amadureci, especialmente durante esse ano. Comecei loucamente a me perguntar e querer respostas. Às vezes isso é um problema, mas eu agradeço por não ser uma adolescente "cega", o que é comum nos dias de hoje. As pessoas com quinze anos só querem saber de curtir, curtir e curtir. Esquecem que tem um futuro para planejar. 
No fim da autobiografia, brinquei pedindo desculpas ao professor e dizendo que, quando ganhar meu Nobel (é um sonho antigo: ganhar um Nobel. Medicina ou Literatura. Imaginem só!) alguém escreverá uma biografia melhor que aquela. O que não vai ser muito difícil, levando em conta que ela tinha apenas três páginas e que eu enchi de fotos para ocupar espaço (detalhe: tinha que ser feita em inglês, então mais fotos e menos palavras!).
Não há coisas mais interessantes sobre a minha vida do que essas que relatei (pelo menos, se houver, não me lembro). Minha vida não foi ruim, meus quinze anos não foram ruins, só para constar. Mas eu sinceramente espero que venham anos melhores.
Quando eu ia completar meus quinze, escrevi um texto sobre. Para manter a tradição, estou escrevendo este. Vocês precisam fazer isso também! É tão bom ver como evoluímos sem notar. Os anos passam, eu sei; você vai envelhecendo, mas, com a idade, a maturidade vai chegando e você passa a enxergar a vida com olhos diferentes. Com olhos um ano mais velhos!
A gente pensa que o tempo passa rápido demais. Contudo, é só olhar para trás e ver o quanto seu eu de hoje é diferente do eu de 2011. Um ano, minha gente, é tempo até demais.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

João Pessoa

Fiz essa viagem a uma semana atrás e o que me fez ter tempo para escrever sobre a mesma somente agora foi minha falta de tempo. Só para vocês terem noção, amanhã, em pleno sábado, tenho três provas. Mas, já na quarta, férias! E eu não consigo deixar de achar que tudo passou rápido demais... porém, isso fica para outra postagem. Foco, Luana.
Na quinta feira passada, dia primeiro, levantei às 3 da manhã para minha primeira viagem para fora do estado. Caso vocês não saibam, eu moro em Natal. Sim, isso te lembra as Dunas, um calor dos infernos e buggy. E era uma vergonha para mim, aos 15 anos, nunca ter saído daqui. A única coisa que faço é, de vez em quando, dá um passeio pelas cidadezinhas próximas ou visitar meu tio numa cidadezinha mais longe (onde também está enterrado meu avô). Então, como vocês podem notar, meu nível de animação era 100%. Na quarta à tarde, quando cheguei do curso de inglês, eu estava em êxtase (tá, talvez eu esteja exagerando um pouco). Tudo ia perfeitamente bem quando cheguei, às 4, na escola; até vi as crateras da lua no telescópio do professor de Física, só que aí separaram eu e minhas amigas no ônibus. Umas ficaram num, e eu e outra amiga em outro. Lamentável. Mas deu pra superar.
A viagem não é tão longa assim. Foram umas 3 horas no máximo. Não deu para conhecer muito da cidade porque passamos apenas um dia lá, então não posso afirmar nada com certeza absoluta, mas, ao que me parece, a cidade tem muito verde! Era verde para todo lado, e tudo era muito bem cuidado. Porém, como eu disse, isso pode não ser a verdade, já que a gente conheceu apenas alguns pontos turísticos e esses lugares são os mais bonitos da cidade, a Prefeitura sempre tenta maquiar aqui e acolá para não vermos o que realmente está acontecendo.
Seja lá como for, a nossa primeira prioridade foi conhecer o Parque Zoobotânico Arruda Câmara, e aí sim, eu posso dizer com certeza: o lugar é perfeito. Aqui em Natal temos o Parque das Dunas, mas ele não se compara nem em tamanho nem em beleza o Parque de João Pessoa. Bati tanta foto lá dentro que minha máquina linda descarregou bem na hora da Ponta dos Seixas. Além desses dois locais, fomos a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a lindíssima Estação Cabo Branco (vejam que linda é à noite!), projetado por ninguém menos que Oscar Niemeyer!
O sol estava horrendo de tão quente. Não que aqui não faça calor, faz até demais, mas lá, excepcionalmente naquele dia, a sensação térmica devia ser de uns 50º C! Percebi a importância da água, porque quando ela começava a querer acabar, eu procurava qualquer lugar que fosse para comprar mais.
Pode não ter sido tipo "uau" para você que viaja sempre nas férias e, de tanto viajar, não sente mais a emoção de cruzar as fronteiras. Mas para mim, pobre mortal cuja vida resumi-se à escola e ao curso, foi o máximo!
E que a emoçãozinha gostosa de ver o sol nascer e a plaquinha de "BEM-VINDO(A)!" nunca se acabe, porque, please, ela é a mais linda da vida.

Ponto alto: no ônibus, liguei para minha mãe para perguntar se "lá em Natal" estava fazendo muito calor. Gente, que lindo. Nunca tinha dito isso... LÁ EM NATAL. E sim, estava.
OBS.: Escrever essas coisas são tão deliciosas, daqui a certo tempo eu vou ler e morrer de rir pensando "meu Deus, que bestinha que eu era, tanto alarde por uma ida bem ali". Mas que seja. 

Pareço ter 10, mas eu tenho 15, viu, gente?

Quando se sobe as escadas da Estação Cabo Branco, tem-se SOMENTE essa vista panorâmica da cidade.

Amei demais essa foto que bati dentro do Parque. Parece de fotógrafo profissional, cof cof.

O sol nascendo. Eu tava louca pra ver, nunca tinha visto. Consegui essa mísera foto. 

Dentro do Parque Zoobotânico Arruda Câmara.

Lá dentro tinha o que eles chamavam de Recinto das Aves. Notem que fofas!  
Na Estação Cabo Branco, antes da entrada, tem um poço dos desejos ou algo do tipo. Tive que jogar uma moeda. E de 50 centavos!
Por uma vida com mais dias como esse. AMÉM.

sábado, 3 de novembro de 2012

A peça que sobrou


Sou de outro século.
Sou do século em que as pessoas amam sem notar para perna e bunda, que não têm pressa e, por isso, dão tempo ao tempo. Sou do século em que conteúdo é levado em conta, que conversas são interessantes e que beijo é coisa séria. Sou do século em que se pondera muito antes de se relacionar com alguém, que roupas curtas não influenciam em nada e que magreza não é sinônimo de uma beleza estereotipada. Sou do século em que só olho no olho basta, não precisando-se de toque para ter a certeza de que é ali que você quer estar e que é ali que você ficaria para sempre. Sou do século em que existe o real Amor, o original, e não a cópia barata e banalizada de hoje. Sou do século em que os casais não se separam, que em vez de uma troca de beijos desesperados e sem sabor, troca-se poesias, troca-se abraços, confundem-se as almas de tanto se trocarem. Sou do século em que garotas como eu não são desesperançosas com relação ao amor, porque ele deveria valer a pena. Deveria. 
Mas o século de que sou não existe. E eu vivo me perguntando o que estou fazendo nesse mundo; eu, tão frágil, em meio a 7 bilhões de pessoas insensíveis que deram ao sentimento mais bonito desse mundo o valor que tem uma escova de dentes.
Aqui, eu me sinto desconexa. Como se eu fosse de algum jeito diferente - e estou realmente propensa a acreditar que sou totalmente. Como uma peça sobrando num quebra cabeça já completo. 
Então, volto a me perguntar: o que faço nesse mundo?
Às vezes acredito que vim com a missão de mudar. Essa peça - ou seja, eu - pode se moldar totalmente e tentar entrar em qualquer fresta do quebra cabeça e fingir que está feliz assim, ou pode desfazer todo ele para montar novamente, dessa vez diferente, do jeito certo.
Não deixo de achar a última alternativa digna de heróis, de pessoas extremamente corajosas e decididas, que, com muito esforço, mudaram toda uma ideologia. Coisa muito linda, mas para filmes. 
Queria muito me encaixar nessa de ser uma heroína e deixar o mundo perfeito, à minha maneira. Queria ser dessas capazes de morrer para propagar seus ideais. Todavia, essa não sou eu. Não é a Luana com quem convivo durante 15 anos.
De qualquer forma, futura heroína ou não, vou continuar com minhas loucas utopias. Se estou viva, é porque ainda tenho compromissos pedentes aqui. Quem sabe, não é mesmo? Às vezes a gente pensa que se conhece, só que não.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tentando entender

Você está feliz por ter passado o dia de ontem maravilhosamente bem na sua primeira viagem para fora do estado e de repente recebe a notícia que ninguém sabe como lidar: alguém morreu.
São nessas horas que realmente repenso minha vida. E, principalmente, repenso a vida em si. Para quê ela existe? 
Eu não começo um relacionamento que eu sei que não vai dar certo. Eu não escrevo um texto quando ainda não sei do final. Eu não ponho mais comida do que a que eu consigo comer no prato. Aí me vem essa coisa, essa vida, que simplesmente acaba quando não se espera. Que leva alguém que não merecia ir. Que faz sofrer que não merecia sofrer.
Eu não entendo. Logo eu, que sou um poço de teimosia e persistência, que procuro respostas para as menores interrogações da vida, não tenho palavras para tentar explicar o porquê da vida. 
Ela não deveria existir. Se vai acabar, por que começar? 
Tudo bem que você deixa seus ensinamentos aqui, com as pessoas. Mas essas pessoas também vão morrer um dia. 
É uma coisa que me fascina e, de tanto fascinar, me irrita. 
Quem morreu foi um professor lá da escola e, não vou fingir dores maiores do que a dos familiares e amigos próximos porque, além dele não ter sido meu professor, eu mal o via. De vez em quando ele falava algo sobre meu cabelo queimar e/ou brigar sobre o barulho excessivo. Mas mortes sempre me deixam tristes, é inevitável. 
Quando alguém morre, eu passo dias pensando. Não é segredo para quem me conhece que o meu maior medo é o da morte. Só de pensar, um arrepio percorre a minha espinha. De vez em quando chego a chorar, acreditem se quiser! Quase 16 anos e chorando feito bebê, exatamente. 
Antigamente, eu tinha um blog chamado "Minhas Coincidências", só porque eu achava o nome coincidências muito bonito e difícil. Depois de crescer, fiquei em dúvida: será que ela existe ou não? 
Na última aula do curso de inglês, o professor pediu para pensarmos em nosso epitáfio. Na quinta, minha prima disse que, curiosamente, o professor que morreu deu aulas de educação física a todos os alunos naquele dia, mesmo esse não sendo seu papel. Coincidência ou não, a vida é um troço esquisito. Tão esquisito a ponto de me fascinar e me irritar ao mesmo tempo! Logo a mim!
Só sei que ele era muito querido e especial para ir assim, de uma vez. Vai continuar vivo durante muito tempo dentro de quem o amava.
PS.: Meus pêsames a toda uma família e à sua legião de amigos e fãs.