domingo, 3 de abril de 2016

Umas séries para desopilar

Se os meses de novembro e dezembro do ano passado serviram de alguma coisa na minha vida, se de alguma maneira eles se mostrarem relevantes no futuro, o motivo vai ser: séries. Vi tudo que tinham me indicado, adentrei finalmente no mundo dos memes da internet e agora posso dizer que me sinto mais ou menos incluída e aceita entre a juventude porque sei que Sense8 não é uma banda. 

Há muito tempo (na minha cabeça entre 2013 e 2016 já se passaram uns quinze anos no mínimo), eu escrevi por aqui sobre minhas séries preferidas. Minha amiga comentou outro dia que gostaria de saber se eu modificaria muito a lista. Então resolvi falar sobre as coisas maravilhosas que me aconteceram depois de 2013. 

(Queria fazer uma uma menção honrosa a já citada Sense8, mas também a The 100, GOT, HTAWM, Dexter - que eu finalmente acabei - e outras mais que contribuíram para o meu incremento cultural com certeza. Mas não vou falar de todas por falta de talento e excesso de preguiça).

*DOWNTON ABBEY

"No início do século XX, a família Crawley luta para manter o legado de Downton Abbey. Após a morte de um parente que estava à bordo do Titanic, Robert Crawley (Hugh Bonneville) descobre que o novo herdeiro da propriedade é um sobrinho distante, Matthew Crawley (Dan Stevens), um advogado com pensamentos modernistas. Enquanto Robert e sua esposa Cora (Elizabeth McGovern) se preocupam com o futuro das suas filhas, Mary (Michelle Dockery), Edith (Laura Carmichael) e Sybil (Jessica Brown Findlay), os empregados da mansão trabalham para manter a rotina da família, com todas as regras da época."

Imagem de 20th century, actress, and period drama

Gostei tanto dessa série que quando comecei a ver saí indicando para todos que encontrava. Não tem seres fantásticos ou mortos-vivos, mas tem a vida acontecendo! O século XX acabou de chegar e os membros mais antigos da família fazem cara feia para o telefone, a eletricidade e todas essas coisas que fazem o homem driblar a natureza. Os acontecimentos da série misturam-se à história: passamos pela primeira guerra, a luta das sufragistas, o naufrágio do Titanic, a popularização das ideias socialistas. Tudo sempre regado a muito amor: casais prováveis e improváveis se formam todo o tempo e sempre tem gente apaixonada. Sem falar nos bailes que nos proporcionam figurinos incríveis. Indico sempre, mas a verdade é que nem eu mesma a vi inteira. Muita gente querida começa a morrer e eu simplesmente não pude lidar. Mas só em pesquisar essa foto já me deu uma vontade imensa de retomar de onde eu parei, mesmo sabendo que eu parei num momento muito triste. Um dia superarei </3

*DOCTOR WHO

"O Doutor é um Senhor do Tempo - um alien de um planeta distante chamado Gallifrey que tem dois corações e aproximadamente 900 anos. Em sua nave espacial, a TARDIS, ele atravessa as barreiras do espaço e do tempo lutando contra inimigos e criando aventuras com seus companheiros, que sempre escolhe para viajar junto a ele."

Imagem de doctor who, dr who, and jenna louise coleman Imagem de bbc, david tennant, and doctor who

Para muitos, Doctor Who é apenas mais uma série de ficção científica. NÃO É. A vida das pessoas melhoraria 100% se elas soubessem que Doctor Who não é apenas mais uma série de ficção científica. Saber disso é essencial. SÉRIO. Doctor Who é aquele tipo de série que te torna uma pessoa melhor, mais empática, mais feliz. Ela te faz agradecer pelas coisas e reclamar menos; te ensina que todo ser (extraterrestre ou terráqueo) é importante e deve ter seus sentimentos respeitados, e que o amor é livre e praticá-lo faz um bem danado. Doctor Who me faz ver beleza na vida, nos seres humanos e em mim mesma. E ainda tem quem não acredite no poder transformador das séries... tsc tsc.

*VIKINGS 

"Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel) é o maior guerreiro da sua era. Lider de seu bando, com seus irmãos e sua família, ele ascende ao poder e torna-se rei da tribo dos vikings. Além de guerreiro implacável, Ragnar segue as tradições nórdicas e é devoto dos deuses. As lendas contam que ele descende diretamente de Odin, o deus da guerra."

Imagem de vikings and lagertha
DIVA

No ensino fundamental, uma professora de história me disse que eu parecia uma viking (meu cabelo é ruivo). Isso faz muito tempo, e acho impressionante como certas coisas podem ser objeto de muito significado para o resto de nossas vidas, porque sempre que a palavra viking aparece em algum lugar minha atenção inconscientemente redobra. Sempre tive essa vontade louca de querer saber mais sobre meus antepassados, quem eram, como viviam, de onde vieram. E ter talvez alguma remota relação com os nórdicos faz com que eu me encha de interesse e fique imaginando coisas. Enfim, divago. Vikings é uma série ótima e tem personagens incríveis, principalmente femininos. Ragnar é um conquistador nato, que sonha com outras terras e tem interesse por outras culturas. Desde o início, minha simpatia por ele foi instantânea. E ele me fez pensar bastante sobre como só chegamos onde chegamos porque existiram sempre pessoas que não estavam satisfeitas em viver suas vidas como viveram seus pais, avós... Tinha que existir algo mais, lá fora, algo além. E é com essa certeza de que a vida não podia ser só aquilo que ele chega à Inglaterra, à França, e tudo muda de espectro. Recomendadíssima.

* MY MAD FAT DIARY

"Ambientada em Lincolnshire de 1996, a série conta a trágica porém bem-humorada história de uma adolescente cheia de problemas, chamada Rae (Shaaron Rooney). Ela acabou de sair do hospital psiquiátrico, onde passou quatro meses depois de uma tentativa de suicídio. Ela então retoma sua amizade com Chloe (Jodie Comer) e seu grupo de amigos, que desconhecem os problemas de Rae com sua própria imagem e acham que ela apenas passou o tempo na França."

Imagem de my mad fat diary

Eu já tentei falar sobre a Rae para postar aqui. Mais de uma vez. My Mad Fat Diary é a minha série predileta e é, ao mesmo tempo, a que me causa mais dor. Eu a indicaria para todas as pessoas sabendo que a maioria gostaria, mas só vai sofrer de verdade quem, assim como a Rae, teve/tem problemas de autoestima que prejudicaram/prejudicam toda a sua vida. 
A Rae é engraçada. MUITO ENGRAÇADA. Porém todo esse humor só existe para esconder a sua frustração. Ela sente que sempre faz tudo errado, que tudo é culpa dela e culpa do corpo que tem. A Rae protagoniza a cena mais forte e mais triste que eu já vi em toda a minha vida. Eu fui Rae muitas vezes. 


E, tendo sido Rae muitas vezes, eu chorei em todos os episódios. Porque eu também tinha um diário. Porque eu já estive lá. Porque eu tento não voltar para lá todos os dias. 
Acho que essa série valeu por muitos anos de terapia e merecia todos os prêmios do mundo por falar de amor próprio com tanta sensibilidade. Queria poder dizer mais. Não consigo.

Imagem de rae and my mad fat diary
YESSSSSSSSSSSS


OBS.: Estava analisando a lista passada e queria dizer que das séries citadas meu amor permanece igual por The Walking Dead (inclusive, tem season finale hoje o/)
0BS2.: Percebi que todas as minhas séries favoritas já foram meus papéis de parede. Por isso estou inaugurando uma nova forma de esclarecer se uma coisa é minha preferida ou não: já esteve no meu papel de parede?