quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Minhas realidades paralelas

Primeiramente, eu queria agradecer à minha amiga Gleice pela inconsciente sugestão de texto, porque eu estava com muitas ideias em mente, como sempre, mas nada era bom o suficiente para sair do meu cérebro e ser escrito - não, espera, não estou dizendo que o vou escrever é bom. 
Como ela é uma desconectada total de tudo que é rede social imaginável, nós duas apenas nos comunicamos por e-mail. Aproveito a deixa para agradecer, não é qualquer um que lê e responde meus e-mails, pois, acreditem quando eu digo: são enormes. Ainda mais quando é conversando com uma amiga de longa data e você não tem vergonha de divulgar suas peculiaridades e a falta de graça que domina a sua vida.
Numa dessas conversas, ela ficou impressionada quando eu disse que passava horas imaginando realidades paralelas. E, cá entre nós, sempre achei que esse troço fosse coisa comum a todos; mas não! Ela não imagina e eu me peguei pensando: qual o meu problema?
Vejam bem, eu sou uma pessoa solitária. Talvez seja por isso que eu me identifiquei tanto com o Charlie em As Vantagens de Ser Invisível. A questão é: vantagens, onde estão vocês?
Eu tenho amigos e me relaciono com as pessoas, sim. Mas em 5% do meu tempo. O que eu faço no tempo que sobra é conversar comigo mesma (mentalmente, claro), vaguear pela internet, ler, assistir e coisas normais que todas as pessoas normais do mundo fazem, mas com uma intensidade menor.
Dada essa introdução melodramática, vou direto ao ponto. Quando eu deito na cama para dormir, eu demoro um bocado. Isso porque eu vou dormir relativamente cedo, mas não durmo efetivamente cedo. Vou explicar: deito e passo horas imaginando vidas paralelas, vidas perfeitas, vidas que eu poderia ter, vidas que eu queria ter, com coisas que eu queria possuir e em lugares em que eu queria estar.
E não acredito que ninguém faça isso. Não acredito que ninguém acorde pela manhã, mas só se levante umas quatro horas depois, pois havia perdido a noção do tempo enquanto imaginava os mínimos detalhes de uma vida perfeita que não existe nem vai existir em outro lugar que não seja na sua mente.
Eu faço isso demais, mas, deixa eu esclarecer: apenas nas férias. Isso porque é uma grande perda de tempo. Por que diabos eu fico me imaginando vivendo uma vida que não existe sendo que eu tenho uma vida para viver realmente? Não pergunte, eu não sei.
Deve ser porque a minha querida vida é desprovida de acontecimentos interessantes, ou porque nas férias eu sou um completo saco, ou porque eu não tenho nada de interessante para fazer e estou com preguiça de levantar da cama. Toda manhã é assim. Minha mãe vai trabalhar e, quando chega, quase todos os dias, eu tenho que escutar o sermão de que eu "obrigatoriamente tenho que tomar meu café da manhã". E, como mães estão certas, eu até tomei o bendito hoje. Porém voltei a dormir (lê-se: imaginar) depois.
A questão é que, como eu já disse, isso é culpa das férias. Quando as aulas começam, tenho com o quê ocupar a mente vazia. Ou então estou mesmo muito cansada e realmente durmo a noite inteirinha.
Mas as más línguas dirão que toda essa baboseira desinteressante que escrevi e que realmente acontece é fruto da adolescência. Para ser mais precisa, fruto da carência dessa maldita, quer dizer, famosa época.
Vamos culpar as férias.
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Ao fim, a cara de vocês de "maior besteira que eu já li na vida". Fazer o quê, né?

2 comentários:

  1. Hahaha, eu não acho que foi besteira, foi bem legal ler um texto em que eu REALMENTE me identifiquei. Sério, minhas relações sociais não são tão saudáveis, eu só tenho dois melhores amigos, e mesmo assim, eles são chatos, não querem ir ao cinema nem se divertir, digo. Eu fico imaginando realidades paralelas também, por mais que goste desse meu jeito quieto, mas criativo, eu queria ser mais sociável.
    Abraços

    Garota de All Star

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  2. Não é besteira. Não menospreze o que escreve. A adolescência apesar de nos deixar meio down é a melhor fase que temos na vida depois da infância... Aproveita!

    Beijos

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