domingo, 3 de março de 2013

Meu amor por uma história

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Li esse excepcional romance de Victor Hugo aos 14 anos. Reli-o mais tarde e sempre me emocionava bastante com a penosa história do Jean Valjean. Vi uma entrevista antes da estreia do musical aqui no Brasil com o ator principal, Hugh Jackman, e desde esse dia disse a mim mesma que não perderia esse filme por nada. Saber que todo o filme seria cantado e que nenhuma cena foi regravada me fez ficar muito mais ansiosa e decidida a convencer outras pessoas que o filme seria incrível e que elas deveriam assistir também - o que fiz.
Esse bendito tinha data de estreia para 1º de fevereiro, e desde 2012 eu vinha contando os dias. Eis que o dia chega e nada do filme aqui no cinema da minha cidade. E sim, eu moro numa capital brasileira. Só já para o fim do mês, eu e minhas amigas descobrimos que o filme tinha estreado sim, e já estava perto de sair de cartaz, em outro cinema esquecido que temos aqui. Quando digo esquecido, esquecido mesmo, vazio. 
Como eu fiquei emburrada e chateada só Deus sabe, mas lá fui eu ao encontro daquele querido o qual esperava há meses. 

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Há  quem diga que o filme foi longo demais, que houve uma cantoria desnecessária demais, que só apreciou o filme quem gosta muito de musicais. Tudo isso tem um fundo de verdade, o filme é longo demais e algumas músicas são muito monótonas e deixam você um tantinho entediado. Mas, para mim, tudo isso não ofuscou a beleza que o filme provoca. Só a pequena participação da Anne Hathaway teria feito a minha ida aquele cinema muito distante da minha casa ter valido a pena. Escutar ela cantando aquelas músicas lindas me fez chorar sua dor, porque, afinal, todos nós sonhamos sonhos que sempre ficarão sendo só sonhos.

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Não foram só as músicas da Anne que me deixaram emocionadas, o filme é repleto daquelas canções que te dão uma vontade imensa de aprender a cantar só para acompanhar os personagens e encher o peito de uma emoção gostosa. 
Mesmo já sabendo a história do Jean Valjean de cor, ela nunca deixa de produzir em mim um sentimento estranho. Vejo aquele homem ficar preso durante anos por somente roubar um pão, vejo-o mudar de vida por uma boa ação que o fazem e depois se transformar num ser humano cheio de fé e bondade. Vejo-o ajudar os pobres e cuidar por anos da Cosette como sua legítima filha. No final do filme, me dá um orgulho tão grande desse homem, como se nós compartilhássemos de um vínculo familiar ou algo do tipo. 
Gosto tanto d'Os Miseráveis porque ele é um daqueles livros que nos fazem acreditar nas pessoas, na vida, em uma segunda chance, na ação da mão de Deus sobre os desafortunados da Terra. Mesmo que essas coisas não existam, mesmo que ninguém se dê ao luxo de dar uma segunda chance a alguém que leva descaradamente a prataria da sua casa, ao ler o romance nós acreditamos nas pessoas.
E, no fim, o Jean Valjean morre, como todos nós iremos morrer um dia, mas deixa você com aquela sensação de que ele foi muito bom homem, que sua vida valeu a pena. Ela, então, por um minuto, parece bonita.

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3 comentários:

  1. O filme foi bem aceito, mas não assisti porque não sou muito de musicais, mas a história do livro é bom.

    Beijos

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